O que é honestidade?
Ser honesto é não roubar outras pessoas?
É rejeitar quando oferecerem algo a você e não aceitar o presente, pois sua função pública não permite?
É ser verdadeiro e forte quando, tendo a chance de sair ganhando algo,se negar a receber, por mais que você ache que é legal?que é lícito?
Hoje.Falo não nos dias de hoje,mas sim hoje,dia 16 de Abril de 2009,penso que ser honesto no funcionalismo público é possuir apenas o que é seu por seu próprio esforço.Aquilo que você fez por merecer.
Mas então, e aquela ajuda que outros te prometem se você ajudá-los a resolver seus problemas?(você sendo um funcionário público como eu).
E essa ajuda?
Hoje sei que ela é irregular.Pelo próprio estatuto que rege o funcionalismo no Brasil.
Mas não quero abordar o lado de quem recebe o agrado,mas sim de quem fica sem ser atendido pelo homem da lei.
A honestidade a que me refiro é aquela que interfere no caminho da instituição.
Aquela que muda os rumos do objetivo principal que é o bem da sociedade.De toda a sociedade.
Não quero abordar a honestidade como sinônimo de ser probo,reto,intimamente ligado com a pessoa e sua consciência,mas sim de ser honesto com a sociedade que precisa de ajuda.
Aquela sociedade que não tem nenhum "conhecido" nas repartições públicas, e fica com seu problema sem ser resolvido.
Diferente daquela sociedade que tem um amigo ou um padrinho nos órgãos públicos e podem ter seus desatinos resolvidos com essa ajuda"a mais".
Mas o que é isso?
É certo?
Aos olhos da lei é errado,aos olhos do censo comum é certo.
Aos meus olhos posso dizer que não acho correto.
Mas essa prática, com todo seu jeito travestido de correto a muitos olhos passa a ser como uma erva daninha que não se tira facilmente de onde é plantada, pois com a sua prática, os homens da lei, aqueles que deveriam primar pelo andar correto, perdem a sensibilidade do que é certo e errado,perdem a noção da lei, passando a aceitar cada vez mais essas mentiras revestidas em presentinhos e agrados de todas as formas,fazendo com que elas se mesclem ,dificultando sua distinção do certo e do errado.
A prática fica tão arraigada no ser humano que eles passam a trabalhar apenas quando essas ajudas se fazem presentes, não se importando com problemas de pessoas que não possuem o poder aquisitivo melhor para tal façanha, a de agradar quem deveria, por lei, lhe fornecer ajuda.
Isso , meus amigos, hoje, eu não acho certo.
Não sei se isso acontece com frequência, mas sei que existe.
Acredito que veremos o dia em que ,não na sua totalidade, mas em sua grande maioria, o funcionalismo público estará recheado de pessoas compromissadas com um objetivo maior e mais louvável: o de trabalhar com seriedade e respeito àqueles que buscam seu auxílio ou pedem por seu socorro.
É pra isso que estudo.
É pra isso que escrevo.
É isso o que penso hoje.